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Mostrando postagens de 2009

SOMOS TODOS MAUS?

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SOMOS TODOS MAUS? “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”. Martin Luther King Jr. Eu sei que não deveria mais ficar indignado com as notícias. Porque toda vez que abro a revista ou o jornal, ou procuro um site de informações, é a mesma coisa: não posso esperar boas notícias, pois só falam em tragédia, acontecimentos espúrios, negociações sigilosas, transações nefastas. Eu tinha certeza que iria encontrar alguma coisa assim nesta última edição da Carta Capital. Bingo! Lá estava, com destaque, a senadora Kátia Abreu, engrossando o coro dos parlamentares que vendem a alma ao diabo e empurra o povo ao calabouço. Mas eu ainda me indigno. Só que minha indignação me corrói porque eu não posso gritar, porque me sinto impotente, porque estou com as minhas atadas, frustrado, entristecido, alquebrado com a vilania desses “poderosos” esbanjando mal-caratismo e se aproveitando do cargo que ocupa para se apropriar dos bens do povo, como fizeram Cabral e seus marinheiros, qu

LUZIÂNIA - A HISTÓRIA DE SEU PROGRESSO

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Parece inacreditável que esta cidade de 263 anos comece a caminhar para o futuro somente agora... Como foi que esta velha senhora atravessou os anos, dois séculos, e chegou ao que é hoje, ainda uma "senhorinha" dando seus passos timidamente? Mas aqui estamos, parados sobre esse chão, olhando para ver até onde podemos ir. O certo é que já demos passos para um futuro tão promissor que não há mais como retroceder para aquele passado obscuro. Estamos crescendo e nossa vista alcança e vislumbra tudo aquilo que podemos ser, não a velha "senhorinha" que baixa a cabeça para tudo, mas a CIDADE dos sonhos de muitos homens e mulheres e que chegou ao futuro com seu pé fincado no progresso. É isto o que esperamos: crescer e progredir com responsabilidade social, respeitando a natureza e sem, jamais, esquecer o passado: LUZIÂNIA – A HISTÓRIA DE SEU PROGRESO Mineração O bandeirante aqui veio Rompendo estrada e sertão Seu sonho escavou a pá – O ouro que dá o chão – A mula trouxe ao

SOBRE MIM E O RESTO DO MUNDO

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SOBRE MIM E O RESTO DO MUNDO Pra começo de conversa, Sou Anarquista! Há um absurdo de notícias sobre mim Que eu não entendo; De como meu corpo reage (ao frio, ao calor ou ao amor) E porque as mutilações que eu sofro (no cabeleireiro, ou na manicura ou quando tomo meu banho) Não excluem minha vida; Nem porque Deus fez de mim Um caro com intenções vagabundas, Com uma fé abalada E um coração inexpugnável. Há um clarão sobre minha cabeça E dentro dela um mundo inimaginável de entretenimento, Diversão, loucura e paixão, E as rimas do Cordel de Fogo Encantando minhas memórias e Arrepiando meus pelos; E eu me pergunto qual análise Deus faz de minha sensatez ou da desordem Do meu coração. Mas qual diferença há Entre mim e o resto do mundo E quantos caminhos precisarei percorrer Para chegar até os pés do Senhor, Não sei nem desejo saber, Mas a virtude de Cristo Eu queria para minha vida; Pois naquelas mãos estendidas E naquele peito divino Corria o suor e batia o sino da bondade. As minhas inte

MINHA CIDADE

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MINHA CIDADE Luziânia – minha cidade Aqui nasci e nas ruas empoeiradas construí meu destino Com o cimento e a cal trazidos nas andanças de meu pai Sou o mesmo e aqui continuo Pela manifestação de amor às mesmas ruas empoeiras E às árvores recurvadas Às chuvadas tempestuosas E ao sossegado regresso do boiadeiro Já vai longe aquele tempo em que por estas ruas empoeiras Passavam as boiadas e meninos brincavam despreocupados Hoje vem boi em lombos de caminhões E os meninos se fecham em condomínios um tanto amedrontados Agora nas fazendas plantam a soja o feijão e o milho E Luziânia exporta tanta riqueza Que não caberia na imaginação de um antigo Crescidos estamos, eu e a cidade E a cidade é ainda maior que o espetáculo do por-do-sol Pois de minha janela eu ainda o vislumbro com o cair da noite Mas não consigo ver os horizontes da cidade Nem entender a extensão da rua por onde andavam os meus pais E por onde andaram meus avós e os avós dos meus amigos antes de nós O que sobrou daquela menin

O TEMPO

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Desejo permanecer, Mas há um vão pelo qual escorro, Uma ampulheta colocada fora do pedestal E bem longe do altar E que me arrasta, Lenta e suavemente, Em fragmentos, Para o Sempre. O tempo não me melhora: corrói-me. Enxergo menos nítido E ando com menos pressa, E aonde eu vou Eu chego e já é passado. O tempo não me refina: estorva-me e me torna um chato. Confio menos nas palavras E na bondade eu creio com desconfiança. Produto inacabado, No ângulo do esquadro Em não me enquadro por inteiro. Eu, efeito de sua perecibilidade, Jamais vencerei a batalha dos Imortais.

MARTA HELENA CASSIANO

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ELA PINTA COM A ALMA O que é um artista? Copiando o enunciado do Dicionário Caldas Aulete, temos essas definições para artista: 1 Pessoa que se dedica a uma atividade artística 2 Pessoa que demonstra sensibilidade e gosto por arte 3 Ator de teatro, cinema, televisão ou circo 4 Artífice talentoso e engenhoso. Marta Cassiano é uma artista. É por se dedicar a uma atividade artística e porque é pessoa de grande sensibilidade e bom gosto. Em meu entendimento, artista é alguém que consegue criar, do nada aparente, da confusão do caos, belezas inimagináveis. Um artista é um individuo que tem em suas veias o sangue diferencial para a beleza de encher os olhos. O traço firme, surreal, de Marta Cassiano, coloca-a num patamar mais elevado: ela não é coadjuvante, é a atriz principal. Entrevista com a artista Marta Helena Cassiano Nome completo: Marta Helena Cassiano Idade: 44 Lugar onde nasceu: Taguatinga - DF Mora a quanto tempo em Luziânia: 34 anos A pintura para você é: Estar em outro te

MINHA MÃE E TODAS AS MÃES DO MUNDO

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Tua é a doçura, A candura e a simplicidade. No velho álbum de retratos Há uma amostra dos teus anos, Como eras bela, jovem, forte e tenra... Os teus olhos brilhavam diante do espelho. Havia, no firmamento, Um azul encantador; E nos quintais Fragrâncias para o teu banho... Como era doce A entonação de tua voz, Suave como o entardecer E o sol se declinando, Fazendo uma imensa sombra De muito longe... Teus dedos inquietos riscavam, Nas páginas de diários, A estrada para os teus pés: Velhas trilhas para a humanidade. Naquele dia em que ele chegou Trazendo flores, A tua reação foi tão engraçada, Mas ninguém falou. Você se alimentou no beijo... Quando veio a criança Tua alma se regozijou: É um menino! Depois disso, Só havia uma pessoa importante no mundo, O fruto do amor divino. E mesmo hoje, como faz você, Fazem todas as mães do mundo: Doam-se em beleza, em bem-aventurança, Em voz, glória e encanto Ao fruto de sua claridade.

A IGREJA DO MILAGRE

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A IGREJA DO MILAGRE Gostamos de acreditar que a Igreja do Rosário é milagrosa. No imaginário popular, a igreja é muito mais que um santuário de fé e devoção. É um templo onde fenômenos, cujo único epíteto é milagre, ocorrem. Esta é uma das muitas histórias dos antigos. Dizem os mais velhos que nos idos de 1945, às sete horas da manhã de um domingo, um pai subiu a rua, naquela época de terra batida, em busca do consolo paroquial. O filho mais velho dele havia morrido havia poucos dias numa incursão da FEB, em Monte Castelo, na Itália, e o filho mais moço jazia acamado, com uma doença que os médicos da época não souberam diagnosticar. O homem subiu a rua chorando e soluçando. Tinha nas mãos um rosário de muitas contas e no peito uma dor do tamanho do mundo. Dizem que quando ele alcançou a sombra da igreja, que se lançava solene sobre o chão numa dimensão muito extensa, desmaiou. Depois do que pareceram horas, pensou ter ouvido uma voz: “Acorda, Felício. Vá para casa”. Ele se levantou,

O DIA DE HOJE

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Descubro diariamente que a vida é maravilhosa, E de sua suavíssima melodia tiro forças. Sou um módulo para poucas coisas, A parte mais importante de mim É o que penso. Sei pouco, Mas o que sei é suficiente para meu dia. Minhas pretensões são grandes, Quero usufruir o bem e a paz, A relva e o sereno, A noite e o amanhecer Porque cada instante é único E em cada instante sou também único. Entretanto, o melhor momento da vida é este dia. Aqui estou vivo, aqui me realizo. Este dia é a vida em seu regozijo. É neste dia que a iluminação vibrante do firmamento Recai sobre nossas cabeças E anuncia a grandiosa dádiva divina, Tanto assim que a chamamos PRESENTE. Descubro a cada dia que a vida é maravilhosa, E de sua gratíssima bondade cultivo os meus amigos.

SUPERMERCADO DA FÉ

Um amigo que estava em viagem regressou e me trouxe “uma lembrancinha”. Era um ícone de Cristo, item obrigatório nos carros. Trata-se de um rosto em formato simples, de onde se distingue apenas uma coroa de espinho, os olhos e a barba, um aspecto entristecido envolto em um rosário. Meu amigo me disse que era “uma lembrancinha última moda do tipo todo mundo tá usando”. Não sou religioso e não cultuo nenhum tipo de imagens ou adornos que lembrem santos, Nossa Senhora ou Jesus; tampouco sou afeito a coisas “última moda que todo mundo tá usando”. Entretanto, o presente me fez pensar em quão fácil é vender Jesus e quanto dinheiro se ganha com a imagem divina. Vejamos: Jesus, quando pregador, ficou indignado com os vendedores na porta do Templo de Jerusalém, pois o lugar deveria ser chamado “Casa de oração”. Por mais de uma vez expulsou os cambistas do terreno sagrado porque ali não era o lugar apropriado para se fazer o comércio. Comércio, aliás, que ele relegou a segundo plano por servir

D.J. OLIVEIRA

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Quem é D. J. Oliveira Nascido em Bragança Paulista, SP, em 14 de novembro de 1932, e falecido em Goiânia, D. J. Oliveira já se considerava goiano, tendo chegado em 1956. De 1961 a 1972 lecionou Pintura, Desenho e Gravura na Escola Goiana de Belas Artes da Universidade Católica de Goiás. Gravador, cenógrafo, figurinista, professor, desenhista e pintor, ele se definia "apenas e fundamentalmente um pintor". Trabalhou com pintura e desenho publicitário, fazendo vitrines e cartazes; criou cenografias e figurinos para o Teatro de Emergência; na fase de mural, executou uma série de trabalhos nesse gênero para a UCG e Universidade Federal de Goiás, para a Embaixada da Tchecoslováquia, em Brasília, e para a Casa do Brasil, em Madri, Espanha, entre outros; e lançou vários álbuns de gravuras. Realizou oito exposições individuais - tendo a primeira delas sido realizada em Goiânia - e 27 coletivas, das quais resultaram vários prêmios. D.J.Oliveira esteve sempre vinculado à figura, da qua

ILUSÃO DO HOMEM SÓ

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Quantas palavras caem sobre o silêncio, No vazio dos dias, Mas nada dizes... Por que, ó ilusão, calas-te, E em silêncio rasgas meu coração? Sem o saber, dificultas o fluir do meu sangue E permites que a desilusão do mundo invada-me por meus olhos, Sedentos de ver, E se aloje em meu corpo, Sedento de vida. Por que te calas, Majestática entre escombros, Quando meu coração se subjuga sob teus pés, Esperando que o pises, Mas que ao menos por ele passe? Por que te calas, Se nesta vida És a expressão derradeira de toda a minha vontade? Pois, se tenho este corpo – E dentro dele minha alma delimitada – É somente para te adorar. Pois falas-me, eterna serenidade, Pois até mesmo essa matéria Que existe para o teu uso Também há de se desintegrar...

ESPERANÇA

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Há algo novo se espalhando pelo ar: Um sentimento que não se pára pra sentir, Voz muito altiva impossível não se ouvir, Gesto ignoto que não dá pra decifrar... É Rock ‘n Roll, pedras rolando, puro som, O grande urro de uma déia, a mais bonita, É obvio, tempo, intuitivo, puro e bom, Intervalo, uma luz bela, fuga infinita... É do peito donde emerge o sentimento, Vem com a noite, como a morte, indefinido, É sonho velho, anjo novo, grande amigo, Está no ar se divagando no momento Em que te encerras no teu seio, deprimido, E mora e dorme no teu peito, um inimigo...