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Mostrando postagens de janeiro, 2009

ILUSÃO DO HOMEM SÓ

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Quantas palavras caem sobre o silêncio, No vazio dos dias, Mas nada dizes... Por que, ó ilusão, calas-te, E em silêncio rasgas meu coração? Sem o saber, dificultas o fluir do meu sangue E permites que a desilusão do mundo invada-me por meus olhos, Sedentos de ver, E se aloje em meu corpo, Sedento de vida. Por que te calas, Majestática entre escombros, Quando meu coração se subjuga sob teus pés, Esperando que o pises, Mas que ao menos por ele passe? Por que te calas, Se nesta vida És a expressão derradeira de toda a minha vontade? Pois, se tenho este corpo – E dentro dele minha alma delimitada – É somente para te adorar. Pois falas-me, eterna serenidade, Pois até mesmo essa matéria Que existe para o teu uso Também há de se desintegrar...

ESPERANÇA

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Há algo novo se espalhando pelo ar: Um sentimento que não se pára pra sentir, Voz muito altiva impossível não se ouvir, Gesto ignoto que não dá pra decifrar... É Rock ‘n Roll, pedras rolando, puro som, O grande urro de uma déia, a mais bonita, É obvio, tempo, intuitivo, puro e bom, Intervalo, uma luz bela, fuga infinita... É do peito donde emerge o sentimento, Vem com a noite, como a morte, indefinido, É sonho velho, anjo novo, grande amigo, Está no ar se divagando no momento Em que te encerras no teu seio, deprimido, E mora e dorme no teu peito, um inimigo...