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Mostrando postagens de outubro 20, 2009

MINHA CIDADE

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MINHA CIDADE Luziânia – minha cidade Aqui nasci e nas ruas empoeiradas construí meu destino Com o cimento e a cal trazidos nas andanças de meu pai Sou o mesmo e aqui continuo Pela manifestação de amor às mesmas ruas empoeiras E às árvores recurvadas Às chuvadas tempestuosas E ao sossegado regresso do boiadeiro Já vai longe aquele tempo em que por estas ruas empoeiras Passavam as boiadas e meninos brincavam despreocupados Hoje vem boi em lombos de caminhões E os meninos se fecham em condomínios um tanto amedrontados Agora nas fazendas plantam a soja o feijão e o milho E Luziânia exporta tanta riqueza Que não caberia na imaginação de um antigo Crescidos estamos, eu e a cidade E a cidade é ainda maior que o espetáculo do por-do-sol Pois de minha janela eu ainda o vislumbro com o cair da noite Mas não consigo ver os horizontes da cidade Nem entender a extensão da rua por onde andavam os meus pais E por onde andaram meus avós e os avós dos meus amigos antes de nós O que sobrou daquela menin