PELO SONHO É QUE VAMOS
Pelo Sonho É Que Vamos
1
Desabrochada no deserto voz humana
Descampada no sereno e no abandono
Desterrada por inverno em noite inglória
Desgastada num repuxo o seu engano
Revertida para a morte em confluência
Repousa sobre o chão como em candura
Repisada a juventude e a inocência
Retorna humana a andar na lama escura
Concisa humana voz pretensiosa
Precisa e laboriosa voz humana
Louvada humana voz silenciosa
Silenciosa desce à terra sem importância
Porque agrada ao ditador calar-te a ferro
Feroz a voz humana em arrogância...
2
Repisa no humano o tanque bruto
Refreia o humano a mão ditosa
Regurgita sobre o homem o seu esputo
Reverte a voz humana à sepultura
Despenca feito a noite a foice impune
Desprende do seu tronco humana sede
Depura com furor humano estrume
Desfigura a inocência e a encobre
Calar-te humana voz é imperativo
Amordaçar-te é impreciso voz humana
Impreciso imperativo é assassinar-te
Geme em cadafalso teu ativo,
Retorce tronco frio sem cabeça
Reconta teu espólio e o reparte
3
Desovam na avenida o corpo inerte
Desprezam a sapiência e sutileza
Degolam sem pudor a quintessência
Derramam sem ardor sua beleza
Retinem nas igrejas sinos velhos
Reprimem humana voz com imponência
Remexem antigas chagas desatinos
Reorganizam gagá livro de incoerência
Inconforme voz humana não se eleva
Sobe aos céus o terror do potentado
Descem ao chão humana voz que se desterra
Emasculada voz humana em tenra idade
Proíbem cedo de falar e de ser gente
Matam seu fruto o progresso a humanidade
4
Remarcam a ferro a face angustiada
Refazem gente em fantasma sem cidade
Recriam medos na insolvência malfadada
Removem ânsia comichão e ansiedade
Destinam o ser vivo ao poço infindo
Desvelam silenciosa nova gente
Debatem seus projetos de robótica
Desgastam voz humana em seu nascente
Inglório o dia novo nasce escuro
Em bruma em ácido em névoa envolvido
Em tiro em busca em grito em gemido
Inoportuna humana voz em louco estigma
De carne dura e de gosto impalatável
Sem se calar tenta mudar o paradigma
5
Por nossas mãos soerguerá a liberdade
Ganhará voz o calado em nossa boca
Terá sucesso em nossas mãos o renegado
Reunirá força em nossa espada a gente tosca
Liberdade em nosso nome ensinaremos
Lutar vencer seguir avante espada erguida
Devorar carne vomitar atear fogo
Plantar colher sobreviver de nossa lida
Perpassaremos nosso sonho realizável
Às mãos humanas de feitio honestidade
E cobraremos dessas mãos o que pagarmos
Sem medo ira sem fuzil sem descalabros
Repito o dito “Pelo sonho é que vamos”
Em nossas faces brilhará a Liberdade!
1
Desabrochada no deserto voz humana
Descampada no sereno e no abandono
Desterrada por inverno em noite inglória
Desgastada num repuxo o seu engano
Revertida para a morte em confluência
Repousa sobre o chão como em candura
Repisada a juventude e a inocência
Retorna humana a andar na lama escura
Concisa humana voz pretensiosa
Precisa e laboriosa voz humana
Louvada humana voz silenciosa
Silenciosa desce à terra sem importância
Porque agrada ao ditador calar-te a ferro
Feroz a voz humana em arrogância...
2
Repisa no humano o tanque bruto
Refreia o humano a mão ditosa
Regurgita sobre o homem o seu esputo
Reverte a voz humana à sepultura
Despenca feito a noite a foice impune
Desprende do seu tronco humana sede
Depura com furor humano estrume
Desfigura a inocência e a encobre
Calar-te humana voz é imperativo
Amordaçar-te é impreciso voz humana
Impreciso imperativo é assassinar-te
Geme em cadafalso teu ativo,
Retorce tronco frio sem cabeça
Reconta teu espólio e o reparte
3
Desovam na avenida o corpo inerte
Desprezam a sapiência e sutileza
Degolam sem pudor a quintessência
Derramam sem ardor sua beleza
Retinem nas igrejas sinos velhos
Reprimem humana voz com imponência
Remexem antigas chagas desatinos
Reorganizam gagá livro de incoerência
Inconforme voz humana não se eleva
Sobe aos céus o terror do potentado
Descem ao chão humana voz que se desterra
Emasculada voz humana em tenra idade
Proíbem cedo de falar e de ser gente
Matam seu fruto o progresso a humanidade
4
Remarcam a ferro a face angustiada
Refazem gente em fantasma sem cidade
Recriam medos na insolvência malfadada
Removem ânsia comichão e ansiedade
Destinam o ser vivo ao poço infindo
Desvelam silenciosa nova gente
Debatem seus projetos de robótica
Desgastam voz humana em seu nascente
Inglório o dia novo nasce escuro
Em bruma em ácido em névoa envolvido
Em tiro em busca em grito em gemido
Inoportuna humana voz em louco estigma
De carne dura e de gosto impalatável
Sem se calar tenta mudar o paradigma
5
Por nossas mãos soerguerá a liberdade
Ganhará voz o calado em nossa boca
Terá sucesso em nossas mãos o renegado
Reunirá força em nossa espada a gente tosca
Liberdade em nosso nome ensinaremos
Lutar vencer seguir avante espada erguida
Devorar carne vomitar atear fogo
Plantar colher sobreviver de nossa lida
Perpassaremos nosso sonho realizável
Às mãos humanas de feitio honestidade
E cobraremos dessas mãos o que pagarmos
Sem medo ira sem fuzil sem descalabros
Repito o dito “Pelo sonho é que vamos”
Em nossas faces brilhará a Liberdade!
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